Investir em imóveis nos Estados Unidos é o sonho de muitos estrangeiros que veem no país uma possibilidade de progresso e a busca de um estilo de vida mais promissor. É comum a muitas dessas pessoas fazerem um pé de meia no país de origem para se capitalizar antes de comprar um imóvel na Terra do Tio Sam, seja para morar ou apenas para ter um bem rentável. No entanto, apenas uma parcela desse grupo de investidores consegue pagar o imóvel à vista, especialmente quando se vive em um país cuja moeda é desvalorizada diante do dólar – como é o caso do Brasil com o real. Nesses casos, a opção é financiar uma parte do valor.
A dúvida de muitos dos nossos clientes é sobre o financiamento nos Estados Unidos para estrangeiros. Acostumados à burocracia do Brasil e às dificuldades no acesso às informações, o processo de aporte nos EUA é muito mais simples e menos burocrático. “Se o cliente estiver com a situação imigratória regular e apresentar toda a documentação correta e dentro das leis norte-americanas, não há motivos para não conseguir o financiamento”, afirma Felipe Tolomelli, agente de crédito da CrossCountry Mortgage.
Com a ajuda de Tolomelli, residente nos EUA há quase 20 anos e atuante no mercado de financiamento imobiliário há mais de sete, condensamos neste artigo as principais informações que você precisa saber para conseguir uma subvenção em terras americanas.
Status do comprador nos EUA
Você não precisa ser residente nos Estados Unidos, tampouco ter um Green Card, para requerer um financiamento, mas é fundamental ter um visto válido (mesmo que seja o de turista) e não ter nenhum problema imigratório, como estar no país de forma irregular, por exemplo.
Valor do financiamento e elegibilidade
Existem diferentes tipos de financiamentos para estrangeiros, cujo valor pode variar de US$ 75.000 a US$ 200.000. O valor do empréstimo geralmente corresponde a 60% a 80% preço do imóvel, uma vez que o cliente precisa ter recursos próprios para bancar a entrada dos 20% a 40% restantes, índice que corresponde à proporção da renda do indivíduo versus as despesas que ele possui (incluindo o valor da parcela do financiamento).
Para se qualificar para a compra de imóveis, o cliente estrangeiro precisa comprovar reserva em conta bancária de pelo menos US$ 100.000. Existem outros valores de reserva mais acessíveis, porém com taxas de juros mais altas.
Documentação
Muitos documentos só são solicitados quando o cliente já está com o imóvel definido e o contrato de compra e venda executado. “A documentação pode variar um pouco dependendo do programa escolhido”, comenta Felipe. “No início do processo já começo a pedir a maior parte da documentação para facilitar e agilizar a aprovação do financiamento”, complementa.
- Documentos bancários. Documentos do financiamento enviados ao cliente para assinar após a definição do imóvel e o contrato de compra e venda assinado tanto pelo comprador como pelo vendedor.
- Identificação. Cópia do passaporte (página dos dados do investidor e página que consta o visto válido) e cópia do RG ou carteira de motorista. Se o comprador quiser colocar outra pessoa na escritura do imóvel, como o cônjuge, os mesmos documentos são exigidos.
- Comprovante de endereço. Cópia da conta de luz, água, TV a cabo, última fatura do banco ou último extrato do cartão do crédito com o endereço principal do investidor.
- Histórico de trabalho. O banco americano precisa entender o que exatamente o indivíduo faz no Brasil. Se o investidor for autônomo ou tiver sua própria empresa, o contador precisa fornecer alguns documentos, cujos modelos são previamente informados pelo banco. Para funcionários de outras empresas, o empregador deve fazer uma carta com informações sobre o salário atual, a posição que exerce e os dois últimos holerites. Informações como site da companhia, cartão de visita e um breve resumo também são importantes para compor esse histórico.
- Referência bancária. O banco do investidor no Brasil precisa enviar uma carta de referência das contas – corrente e/ou poupança – que o cliente possui em pessoa física e atestando a existência delas há pelo menos dois anos. Essa carta precisa conter o logotipo da instituição, data de abertura da(s) conta(s), o nome completo da pessoa e dados como telefone, endereço e e-mail do gerente ou funcionário responsável, bem como a assinatura da pessoa em questão.
- Comprovante de renda. É necessário o envio dos dois últimos extratos bancários completos e a comprovação da origem dos fundos para a compra do imóvel. É importante salientar que esses recursos precisam estar na conta da pessoa que está comprando o imóvel, não de terceiros. Caso os fundos utilizados sejam da empresa da qual o investidor é proprietário, outros documentos serão solicitados para comprovar que o cliente é o único dono do negócio ou que detém mais de 25% da empresa (e atestando que a saída desse capital não afetará a vida financeira da empresa no futuro).
- Contrato de compra e venda. Esse documento, que deverá estar assinado pelo vendedor e pelo comprador, só será solicitado quando o cliente já tiver encontrado e definido o imóvel.
- Contrato assinado em cartório. É uma comprovação de que o vendedor recebeu o valor de entrada, conforme consta no contrato de compra e venda. Esse documento só será exigido depois que o processo de financiamento tiver início.
Toda a documentação que estiver em qualquer outro idioma, que não o inglês, deve seguir acompanhada de tradução. Dependendo do tipo do financiamento, outros documentos serão requisitados e o cliente será orientado pela instituição.
Parcelas, juros e amortização
Clientes estrangeiros têm 30 anos para amortizar o empréstimo. Uma das exigências de alguns bancos é que o comprador abra uma conta corrente nos Estados Unidos para pagar as parcelas da amortização mensalmente através de débito automático. As parcelas podem ser fixas (os juros permanecem fixos durante os 30 anos que o indivíduo tem para quitar o empréstimo) ou variáveis, cujo percentual varia depois de um determinado tempo. Essas opções são pré-determinadas de acordo com a alternativa escolhida pelo cliente no início da negociação.
As taxas de juros variam de acordo com alguns fatores: tipo de imóvel, valor da propriedade, valor do financiamento, percentual de entrada, se o imóvel é para moradia própria ou para alugar a terceiros, dentre outros. De modo geral, essas taxas podem variar de 4% a 12% ao ano.
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