É contagiante a energia dos brasileiros que decidem investir em um imóvel nos Estados Unidos. Como profissional do mercado imobiliário, mesmo depois de tantos anos, me emociono ao ver cada compra sendo concluída, o sonho de alguém sendo realizado! Uma questão recorrente, no entanto, é que nem todo mundo conhece o processo de compra de uma casa na Terra do Tio Sam – e isso não é problema algum, já que estou aqui para auxiliar! O problema é quando as pessoas preferem tentar usar o jeitinho brasileiro na hora de fazer uma oferta para comprar imóvel nos EUA.
Aqui o processo de compra e venda de uma casa é menos burocrático do que no Brasil, mas extremamente metódico, correto e objetivo. Em termos simples: você precisa seguir as regras. Para facilitar melhor a compreensão sobre como fazer uma oferta para comprar imóvel nos EUA, o JOMIFlorida mostra como funciona. E anote essa dica: realizando o processo da forma correta, maiores são suas chances de concretizar a compra mais rapidamente!
Como funciona o processo de fazer uma oferta para comprar um imóvel nos EUA
1. Decidir o valor da oferta
É preciso levar algumas coisas em consideração antes de definir o valor de oferta: seu orçamento, o mercado local, a condição da casa, o valor que o vendedor está pedindo, dentre outros. É nesse passo que entra a expertise do corretor para sugerir uma quantia específica a ser ofertada, pois o profissional, além de conhecer o mercado, conhece suas necessidades, interesses e a estratégia mais adequada.
Os proprietários, na maioria dos casos, acabam negociando em um valor entre 4 e 6% menor do que o que foi pedido inicialmente, dependendo da procura (isso pode variar dependendo do contexto atual do mercado, por isso é importante ter o auxílio de um corretor experiente). Quando o imóvel é muito visado, o ideal é oferecer um valor superior. Ilustrando com um exemplo simples, se uma casa está sendo anunciada por US$ 500.000, o comprador pode tentar negociar por US$ 475.000; mas se for um imóvel muito concorrido, o mais prudente é fazer uma oferta um pouco mais alta.
E uma coisa importante de lembrar, especialmente para o público brasileiro, é que para o vendedor norte-americano não importa se o real está desvalorizado – a venda dele não tem nenhuma relação com a situação econômica no Brasil!
2. Enviar a oferta
Nesse passo, o vendedor pode aceitar, declinar a oferta ou oferecer uma contraproposta. Com a contraproposta, o comprador também tem a alternativa de aceitar, recusar ou sugerir uma nova. Essa negociação pode ser feita até que ambas as partes cheguem a um acordo ou uma das duas decida se retirar da negociação.
Um dos maiores motivos que podem fazer o vendedor não querer levar a negociação adiante é receber propostas e contrapropostas com valores muito baixos. A dica é se basear em compras recentes de imóveis semelhantes na mesma região para fazer uma oferta realista – uma análise que, como corretora de imóveis, faço questão de fazer para evitar que meus clientes fiquem em uma busca interminável.
Quando as partes chegam a um meio-termo, é assinado o purchase agreement – o contrato de compra.
3. Período de contingência
Dicas na hora de fazer uma oferta
1. Não deprecie o valor instituído
Não adianta querer fazer uma oferta de compra com um valor irrisório. Quando o corretor que representa o proprietário do imóvel (o listing agent) ajuda o dono a definir um preço, eles fazem um comparative market analysis (CMA) – uma ferramenta que ajuda a determinar um preço justo de mercado. Ao receber uma oferta com um valor muito baixo, o interessado acaba sendo mal visto, e pode acontecer de o vendedor desconsiderá-lo como potencial comprador.
Além do mais, se o valor da compra for financiado, a avaliação garante que você não pague mais do que ele realmente vale. Para pagamentos à vista, o comprador pode solicitar uma avaliação independente para garantir que o preço que está pagando é justo. Resumindo: jogar verde para colher maduro – ou seja, colocar o preço da oferta lá embaixo para ver se cola – não vai render bons resultados.
2. Não ofereça permuta
Nem pense em oferecer fazer permuta, especialmente se o outro imóvel em questão for no Brasil. Esse tipo de troca dentro dos EUA, não faz parte da cultura. Isto não quer dizer que não existe mas é extremamente raro. Para pessoas que querem fazer um permuta de um imóvel de investimento existe o 1031 Exchange. O 1031 exchange é um processo criado para ajudar investidores fazer permutas, em casos bem específicos , de uma maneira mais organizada e confiável.
3. Você não é o único interessado
Fazer algumas pessoas entenderem que elas não são as únicas interessadas é uma das tarefas mais difíceis, e não é nada pessoal! Para quem está vendendo um imóvel, um comprador é um comprador. Não interessa quem você é, quais os motivos por trás da compra, se você tem pressa ou se você fez grandes esforços na vida para chegar até onde chegou. O procedimento da oferta tem que seguir o protocolo.
Muita gente chega aqui nos EUA com pressa para comprar ou alugar, e acham que tudo que ser do jeito que eles querem, porque, afinal de contas, estão pagando, e não é assim que funciona. Menos emoção e mais objetividade – e sempre dentro das regras! Quem encara o processo seguindo o protocolo, tem muito mais chances de fazer uma negociação bem-sucedida.
A decisão de investir em um imóvel, principalmente em outro país, não precisa ser feito com pressa. Planeje com atenção esse importante passo e conte com a minha ajuda! Désirée Ávila – sua corretora de imóveis na Flórida.