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Como se adaptar nos EUA: dicas para facilitar as mudanças no seu estilo de vida

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Adaptar-se a uma nova cultura e a outro estilo de vida nem sempre é uma tarefa simples. Apesar do fácil acesso à cultura norte-americana, seja através de filmes, livros ou dos noticiários, é impossível se sentir como um local apenas acompanhando séries de TV. E embora as diferenças culturais não sejam tão intensas se comparadas aos países orientais, por exemplo, elas existem. Se você está de mudança, listamos neste post algumas dicas sobre como se adaptar nos EUA.

1. English, please!

Você não precisa ser fluente como um nativo para se comunicar, especialmente em cidades com grandes comunidades brasileiras, como é o caso de Miami, Boca Raton e Pompano Beach no sul da Flórida, mas você precisa ter pelo menos uma noção razoável. No Brasil é muito comum ver os próprios brasileiros se esforçando para falar uma língua estrangeira e se virando nas mímicas para se fazer entender, mas um dos erros mais comuns dos que vão para fora é achar que os nativos têm a obrigação de fazer o mesmo. Lembre-se: é você que está na terra deles, quem tem que se esforçar para se fazer entender é você.

Dica: algumas universidades oferecem cursos acessíveis e até gratuitos de inglês para estrangeiros. Verifique junto à instituição mais próxima da sua casa se há turmas de ESL (English as a Second Language).

2. Cuidado com o contato físico

Os brasileiros costumam ser efusivos, alegres e com uma mania intensa de abraçar ou falar tocando nas pessoas. Muito cuidado com essa mania! O que é normal para você pode ser uma grande ofensa para os americanos. E não é que eles sejam frios ou contrários aos gestos de carinho, o que acontece é que eles valorizam e respeitam muito o espaço do outro. Se você é o tipo de pessoa extremamente afetuosa, tente guardar seus abraços para os mais próximos.

3. Não se esqueça da gorjeta!

Dar gorjeta nos EUA é tão importante quanto pagar a conta do restaurante. Não adianta querer dar uma de esperto e escapar da gratificação, pois isso só faz aumentar a má fama dos brasileiros no país e deixar o profissional na mão, já que o valor da hora geralmente é bem baixo e o garçom conta com as gorjetas para complementar o salário. Calcule sempre um valor extra de 15% a 20% em cima do total da conta.

4. Futebol não é paixão nacional nos EUA

Nem se anime achando que vai sair de casa aos domingos para assistir uma partida de futebol semelhante a São Paulo x Corinthians. O esporte nos EUA não tem a mesma popularidade que tem no Brasil, e apesar de existir um campeonato com times dos EUA e Canadá, os jogos de futebol não recebem o mesmo público fervoroso que o basquete, o futebol americano e o basebol costumam receber. Você não precisa deixar de lado sua paixão pelo Flamengo e nem de ver os jogos do seu time – muitos bares e restaurantes comandados por brasileiros, inclusive, exibem as partidas dos campeonatos do Brasil – mas que tal se adaptar à cultura americana e eleger o Miami Heat como seu time do coração no basquete ou o Miami Dolphins no futebol americano?

5. Sistema de saúde

Essa história de que a saúde nos EUA é excelente e gratuita é um mito. Sim, os serviços são bons, mas não pense que tudo é gratuito e que você não precisa ter um seguro. Você nunca vai deixar de ser atendido por não ter um plano ou dinheiro vivo na hora do atendimento de emergência, mas em algum momento a conta vai chegar, e pode ser assustadora. Em vez de jogar sua saúde à sorte, faça um seguro.

6. Envolva-se no estilo de vida americano

É normal chegar em um lugar novo e buscar se enturmar com a comunidade brasileira do local, e isso não é problema algum. O problema é você restringir seu contato apenas com brasileiros, mesmo tendo acesso a pessoas do mundo inteiro – o que não é nada incomum nas cidades da Flórida. Tente se envolver com a comunidade local participando dos eventos na escola dos seus filhos, dos eventos populares da cidade (como maratonas, feiras e festivais, por exemplo) e de alguma igreja, de acordo com a sua religião. Essas são maneiras simples de se adaptar, fazer novas amizades, praticar o inglês e estar cada vez mais integrado ao estilo de vida do país.

7. “Mas a comida da casa da minha avó…”

Acalme o seu coração: não é verdade que os americanos só comem hambúrguer e pizza. Dito isso, também é importante que você saiba que não vai encontrar feijoada e buchada em todos os restaurantes, tampouco queijo coalho, charque e cuscuz nos lugares que servem café da manhã. A variedade de alimentos nos supermercados e de restaurantes de cozinhas internacionais no sul da Flórida é tão grande que você nem vai sentir muita falta do almoço na casa da vovó. E se sentir, existem muitos mercados com produtos brasileiros que vão fazer você matar a saudade.

+ Alimentos preferidos dos brasileiros nos supermercados dos EUA

8. Tenha a mente aberta

Os americanos são extremamente objetivos, o que às vezes pode ser confundido com grosseria ou má vontade. Em vez de achar que eles não gostam de você, entenda que o “jeitinho brasileiro” não se aplica aos costumes deles. Dizer “não” sem rodeios ou enrolação não significa que a pessoa esteja irritada ou que não foi com a sua cara, é apenas a maneira dela se comunicar com assertividade. Tenha a mente aberta para aceitar e se adaptar ao estilo de vida do país, mesmo que nem todos os valores sejam condizentes aos seus. Além disso, se lembre que sorriso, gentileza e respeito ao próximo são universais.

Désirée Ávila, doutora em Tecnologia Educacional, lecionou durante 10 anos e recebeu vários prêmios em sua carreira com professora. Atuando agora como corretora de imóveis e influenciadora no ramo imobiliário, Désirée oferece um alto nível de profissionalismo e comprometimento na busca do imóvel ideal para seus clientes. Residente do sul da Flórida, área em que é especialista, Désirée é fluente em inglês, português, espanhol, francês e italiano. 

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